terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Terrorismo

A forma como nos estamos a comportar perante a ameaça terrorista vai moldar a nossa sociedade no futuro.
Em primeiro lugar tem que se reconhecer que nada justifica o terror. Seja em Madrid, Nova Iorque ou Israel.
Esta afirmação não deve porém escamotear que o fenómeno terrorista tem causas e que essas causas têm que ser tomadas em consideração, no processo de erradicação do terrorismo.
Todavia, o terrorismo tem uma característica que é geral. As motivações iniciais passam a ser meras referências sem densidade material. O terrorismo cai nas mãos dos operacionais, sem conteúdo político, cujo único objectivo é o terror, pelo terror.
Ao terror não se pode responder pela capitulação ou tentando passar desapercebido – o terror é cego e absurdo. Da lógica de um alvo preciso a abater, passou-se para a lógica da massa humana indiferenciada: Os alvos do terrorismo serão cada vez mais imprecisos e indetermináveis. O terrorismo precisa disso, dessa lógica cega e absurda, para implantar o terror absoluto e minar a vontade e as consciências.
O terrorismo é uma guerra de todos nós, porque pode atingir qualquer um de nós.

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